ANATOMIA

O termo “assoalho pélvico” se refere a um conjunto de estruturas que formam o limite inferior da bacia oferecendo suporte aos órgãos que estão na pelve, como a bexiga, o útero, o reto. Essas estruturas são principalmente musculares e fibrosas e conectam-se lateralmente aos ossos do quadril.

O “pavimento” muscular é atravessado pela uretra, pela vagina e pelo reto e é responsável por parte do mecanismo de continência e estabilidade desses órgãos.

 

AS DISFUNÇÕES DO ASSOALHO

As disfunções do assoalho podem levar a alterações em diversos órgãos e sistemas causando incontinência fecal e urinária, prolapso genital, disfunções sexuais, anormalidades sensoriais, dor pélvica e muitos outros.

 

PROLAPSO E INCONTINÊNCIA URINÁRIA

O prolapso genital, comumente conhecido como “bexiga caída”, pode representar a “queda” de quaisquer dos órgãos que se apoiam no assoalho: bexiga, útero, reto e outros. Os prolapsos genitais podem acometer em certas populações mais de 50% das mulheres, especialmente após os 50 anos.

Além disso, as incontinências urinárias também podem aparecer por fraqueza ou defeito dessas estruturas e acometer até metade da população feminina, inclusive mulheres jovens e esportistas.

O diagnóstico é realizado clinicamente e alguns exames como o Estudo Urodinâmico e a ultrassonografia, dentre outros, podem ajudar a orientar as condutas, que devem ser individualizadas.

Uma parte importante que pode integrar o tratamento ou mesmo ser realizada como prevenção para essas disfunções é a fisioterapia pélvica.

 

CONSCIÊNCIA PERINEAL

Grande parte da população feminina, ao redor de 30%, não consegue contrair a musculatura do assoalho pélvico e isso não é vergonha! A “consciência perineal” não é algo que aprendemos nas escolas porém, aprender a urinar e evacuar de maneira correta, é tão importante quanto aprender a escovar os dentes! A fisioterapia é um excelente método para recuperar ou aprender a ter “consciência perineal”.

 

SEM MAIS TABU!

Ainda hoje é um tabu falar sobre o que se sente na região genital e as mulheres acabam buscando tratamento em estágios avançados das doenças, com a qualidade de vida já bastante deteriorada: apenas quem convive com esses problemas pode dizer o quanto são limitantes.

Se você tem algum sintoma, não espere que ele piore, busque uma opinião profissional.